segunda-feira, 11 de maio de 2009

Organizar uma Actividade para Ensinar um Conteúdo

(Post 2)
A Actividade que proponho compõe-se de aula presencial e posteriores tarefas online. Dos REA adiante indicados, o (1) e o (2) serão utilizados na aula presencial como introdução às tarefas online.


PASSO 1


A Fisica, no seu capítulo da Mecânica, exige capacidade de abstracção, e, como todas as capacidades, se não fôr inacta, precisa de ser exercitada. O conceito de "momento de força" não é de fácil compreensão para estudantes que não têm "queda" para as "coisas da Mecânica", mesmo que elas sejam da "Mecânica do dia a dia". A apresentação e discusão do conceito devem envolver exemplos simples, de preferência da vivência e experiência diárias.


Tema da Actividade: Estudo da grandeza "momento de força em relação a um ponto".

Objectivos da Actividade:

  • Objectivo 1: Sensibilizar os estudantes para a existência e compreensão do conceito (elementar) de "momento de força em relação a um ponto".
  • Objectivo 2: Reconhecer as grandezas de que o momento depende.
  • Objectivo 3: Compreender o interesse do momento no estudo do "equilíbrio do corpo rígido".
  • Objectivo 4: Aprender a efectuar a determinação do momento.

Os REA escolhidos são:

Passo 2: Critérios para a escolha dos REA.

  • Critério 1: Recursos escritos em Lingua Portuguesa para garantir o pleno entendimento dos recursos; inclui-se o Português praticado no Brasil, com a cautela necessária para reconhecer e identificar os termos importados directamente do inglês.
  • Critério 2: Recursos elaborados com rigor técnico e científico.
  • Critério 3: Recursos que envolvem exemplos simples e objectivos.
  • Critério 4: Recursos com exemplos práticos do dia a dia.

Passo 3: Como se desenrola a Actividade e como são utilizados os REA disponibilizados


A Actividade desenrola-se em duas fases.


Fase 1:
  • Apresentação do conceito em estudo feita em aula presencial, onde se inclui a utilização dos REA (1) e (2).


Fase 2:

  • Apresentação em blogue dos REA (1) a (5)
  • Pesquisa de exemplos práticos pelos estudantes, quer na Web, quer na vivência individual, e sua publicação no blogue.
  • Pesquisa pelos estudantes de REA em inglês e sua divulgação no blogue.
  • Recolha no blogue de contributos dos estudantes para a elaboração de um glossário em português e inglês, relativo ao tema da actividade.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Reflexão crítica sobre os Recursos Educacionais Abertos: potencialidades, oportunidades, riscos e desafios

A HISTÓRIA
Parece ser consensual reportar ao início dos anos 2000 o começo da partilha e da divulgação do conhecimento via Web e Internet, com origem em iniciativas de reputadas instituições do Nordeste dos E.U.A.:

  • a Harvard University, a mais antiga instituição de ensino superior nos EUA, fundada em 1636 em Cambridge, estado de Massachusetts;

  • a Yale University, em New Havens, estado de Connecticut, fundada em 1701;

  • o Massachusetts Institute of Technology, MIT, fundado em 1861, também em Cambridge.


A iniciativa do MIT em promover o OpenCourseWare, MIT OCW, juntamente com o movimento de software livre, Open Source, estimulou a ideia de divulgar o conhecimento de forma livre e aberta, num conceito que viria a chamar-se “Open Educational Resources”, OER, traduzido para
Português por Recursos Educacionais Abertos – REA.


A disponibilização de recursos educacionais abertos é a actual realidade no ensino à distância, outrora veiculados por correspondência, e também por via rádio e televisão. Com o acesso online é possível levar cursos e conteúdos, de forma livre e aberta, a qualquer lugar sem restrição de horário. A ideia e a imagem subjacentes aos Recursos Abertos, é a de criar um Universo onde Todos lhes tenham acesso, produzidos de modo colaborativo, com custos repartidos e decrescentes, de modo a poderem ser considerados desprezáveis.


Porém, os Recursos Abertos levantam questões dos pontos de vista Económico e Jurídico: questões da Propriedade Intelectual, os Direitos de Autor, e questões do Direito à Cópia, Copyright.


No nosso País coube à Universidade Aberta (UAb) o lugar de pioneira em REA, fundada que foi em 1988; é uma instituição de ensino superior público vocacionada para o ensino a distância; a UAb tem promovido acções relacionadas com a formação superior e com a formação contínua, contribuindo igualmente para a divulgação e a expansão da língua e da cultura portuguesas, com especial relevo nos países lusófonos e em comunidades lusófonas.
No ano lectivo 2008-2009, a UAb tornou-se na primeira e única universidade (pública) em Portugal a leccionar todas as licenciaturas e mestrados pela Internet, em regime de e-learning, através de um Modelo pedagógico virtual inédito no País e nela desenvolvido.


O QUE SÃO “RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS” - REA
Os REA correspondem à tradução da Língua Inglesa de “Open Educational Resources” de sigla OER, termo que, pela primeira vez, foi usado em conferência da UNESCO em 2002. São “por definição” os recursos de ensino, aprendizagem e pesquisa, de uso livre sob licenças adequadas e
disponibilizados para a Comunidade Académica em geral. Sob a designação de REAs estão abrangidos muitos produtos e muito diversos, numa extensa lista, de que são exemplos cursos completos, material didáctico, compêndios, livros de texto e de exercícios, vídeos, software, diversos suportes de informação e conhecimento.


Autores há que classificam os REA segundo a sua função no processo ensino-aprendizagem: recursos de aprendizagem, recursos para apoiar professores, e recursos para garantia de qualidade. Os conteúdos abertos (open content) constituem a parte principal (a parte visivel) dos REA. Os demais componentes, software, ferramentas de busca, licenças de uso, existem para dar apoio à disponibilização dos REA. O desenvolvimento na produção de software livre, open source, veio incrementar os REA.


A disponibilização de conteúdos à Comunidade faz-se por Ambientes Virtuais de Aprendizagem, AVA, ou sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem, SGA, sendo recomendado que eles integrem projectos sob licença FLOSS, do qual o Moodle é exemplo e amplamente utilizado a nível mundial, quiçá o mais utilizado. As licenças FLOSS referem-se ao conceito de software livre, Free, Libre and Open Source Software.


O PRESENTE E O FUTURO
A velocidade a que se desenvolvem as técnicas de comunicação e de
informação imprime-lhes mudança veloz, e criam novos hábitos que
rapidamente absorvem em milhões de fãs. São exemplos de reconhecido
sucesso as Aplicações do Skipe, da Wikipédia, do TouTube. E, num processo
idêntico ao da bola de neve, irão arrastar consigo a mudança para novos modelos
e novas necessidades de ensino-aprendizagem.


AS POTENCIALIDADES, AS OPORTUNIDADES, OS RISCOS, OS DESAFIOS! E AINDA ALGUMAS PREOCUPAÇÕES!
Estes aspectos em Título estão exaustivamente descritos e comentados nas já infindas experiências implementadas por todo o Mundo, realçando as potencialidades e as oportunidades, e alertando para os riscos e para os desafios!


É difícil a escolha de recursos adequados a qualquer Projecto, pois no mar de Recursos infinitos é preciso conhecer o bastante para, depois de haver ideias claras acerca do que se pretende, ser possível fazer-se a escolha da ferramentas adequadas para que os objectivos projectados sejam
alcançados.


Porém, creio que é de esperar que a reacção à implementação dos REA, em áreas até agora não aplicadas, dependa da Educação e da Cultura dos Povos, pelo menos numa fase inicial em que o ensino Online não esteja generalizado.


O Blended Learning e o Ensino Online retiram, em parte ou no todo, o contacto Humano e a Educação Humana ao vivo, mas propiciam o contacto e a “convivência” virtual. São dois Valores e duas vivências distintas; é mau perder a primeira (o contacto Humano), mas é bom ganhar a segunda; porém, nenhuma delas é alternativa à outra!


É sabido que “só podemos ensinar a quem quer aprender”; e, se isto é verdade perante o Ensino Presencial, sê-lo-á ainda com maior verdade no Ensino Online! Levado a qualquer lugar e a qualquer hora, o Ensino Online serve a estudantes trabalhadores e àqueles que, por dificuldades diversas, e até por opção, não se acercam do Ensino Presencial.


A adesão e a prática do Ensino Online exige atitude voluntariosa, bem maior do que a de entrar numa sala de aula ao estilo de “Maria vai com as outras”. Por isso creio agora que o Ensino Online não serve estudantes preguiçosos e cábulas, e, de um modo geral, não serve a quem têm por hábito, ou método, acumular matérias até à porta dos exames.

domingo, 3 de maio de 2009

SOS

Antes de mais logo deixar aqui o meu TPC, o que por força dos prazos e pelo prazer da descoberta terei de fazer, quero gritar que me sinto perdido no mar dos OERs!

Nesta matéria comecei do zero, um zero grande e muito redondo, onde bem se via o conteúdo nulo.

Mas de início, e perante os meus temores, recebi o seguinte estímulo do José Mota:
Ora, caro António, medo de quê, se somos todos aprendizes a experimentar estas formas novas de comunicar e aprender? Deixemo-nos levar pelo prazer da descoberta e tudo se torna mais fácil (http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/forum/discuss.php?d=136890).

Apesar de perdido faço por me deixar levar pelo prazer da descoberta, e espero também que funcione, mais uma vez, o que é natural num processo de aprendizagem: 1º a síncrese, depois a análise, e só por fim a síntese. Já comecei: estou na síncrese!

domingo, 5 de abril de 2009

Principiando...

Neste princípio há a esperança, mas também o receio, e por que não escrever "o medo"?, e a consciência das dificuldades que estão para vir. Esta formação é, para mim, um desafio tremendo!
Saúdo colegas e a equipa de formação. Com todos espero aprender e ultrapassar o que está para vir.
Aceitem o meu abraço